IPCA-15: prévia da inflação cai 0,37% puxada pelos combustíveis

27 de Setembro de 2022

 

Enquantos os combustíveis contribuem para a deflação, influenciando produtos nos supermercados, preço de passagens aéreas segue em alta

Deborah Hana Cardoso - Metrópoles

27/09/2022 9:40,atualizado 27/09/2022 10:01

preços de posto de gasolinaGustavo Moreno/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação, apresentou queda de 0,37% em setembro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a segunda queda seguida após a deflação de 0,73% em agosto.

O preço dos combustíveis teve a maior influência, com destaque para o recuo na gasolina.

No acumulado deste ano, o IPCA-15 tem alta de 4,63%, enquanto nos últimos 12 meses, a taxa desacelerou para 7,96%, abaixo dos 9,60% registrados nos 12 meses anteriores.

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O grupo dos transportes recuou 2,35%, puxado por etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%). Além da queda do preço do barril de pretróleo no mercado internacional, o valor dos combustíveis teve influência da sanção do teto do ICMS no final de junho. A nova regra fixou um limite para a alíquota máxima do tributo estadual sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.

O impacto foi absorvido pelos alimentos. O item registrou recuo de 0,47%. A maiores baixas nos preços foram no óleo de soja (-6,50%), tomate (-8,50%) e leite longa vida (-12,04%) – apesar de mais barato em setembro, a caixinha de leite ainda tem pesa no bolso do consumidor e acumula alta de 58,19%.

Nos supermercados, a cebola (11,39%), frango em pedaços (1,64%) e frutas (1,33%) também encareceram este mês.

Se planeja viajar, é bom pesquisar preços. Neste mês, as passagens aéreas encareceram em 8,20%. O setor de turismo, duramente afetado pela pandemia de Covid-19 ainda tem uma “inflação própria” enquantos se recupera dos lockdowns.

 



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