Ato na Câmara Federal reúne diversos partidos políticos pela revitalização da CEPLAC

09 de Junho de 2017

 

A Direção Nacional da ANTEFFA, entidade parceira e uma das promotoras do evento, representou a categoria e chamou atenção para a importância da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC para o Brasil.

Proposto pelo deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB- BA), integrante da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Lavoura Cacaueira, da CEPLAC e do Cacau Cabruca; e subscrito pela bancada baiana (na foto ao lado, dep Nelson Pelegrino) e por todos os líderes dos Partidos, o ato em defesa da revitalização da CEPLAC e da lavoura cacaueira ocorreu na tarde de quarta-feira (7), na Câmara dos Deputados. Na concorrida solenidade também foi comemorado o Dia Internacional do Cacau, que tem como data oficial dia 4 de junho.

De acordo com o vice-presidente da ANTEFFA, José Bezerra da Rocha, a falta de concurso para manutenção e renovação da força de trabalho tem comprometido o futuro de um órgão da máxima importância a lavoura do cacau. Há 30 anos não acontece processo seletivo para preenchimento das vagas da instituição: “Precisamos revitalizar a CEPLAC e desenvolver uma política continua de valorização da entidade e de seus servidores. Pelo bem do Brasil”, desabafou.

Cerca de 300 pessoas, entre parlamentares de diversos partidos e estados, além de representantes da indústria do cacau e dos servidores da CEPLAC, participaram do Ato. Veja aqui e abaixo o Manifesto em defesa da CEPLAC, lançado na ocasião.

CEPLAC: uma Instituição Pública de Resultados.

A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – CEPLAC foi criada em fevereiro de 1957, com o objetivo de sanear a situação de insolvência que enfrentava a lavoura de cacau da Bahia. Neste desafio a CEPLAC desenvolveu e executou um modelo inédito e inovador, integrando na sua matriz de atuação, a pesquisa agrícola, a extensão rural, o ensino técnico profissionalizante e a infraestrutura.

O resultado da atuação integrada da CEPLAC extrapolou a meta inicial, conduzindo a Bahia e o Brasil a condição de segundo maior produtor mundial de cacau, gerando, em 1977 uma receita com a exportação do produto de novecentos e noventa e oito milhões de dólares, e mais de 300 mil empregos. Como consequência das riquezas geradas, a região experimentou um processo virtuoso de desenvolvimento, lastreado por melhorias expressivas nas áreas de saúde, educação, e infraestrutura básica, estradas e eletrificação rural.

Essa nova realidade, à época, estimulou o Governo a estender a ação da CEPLAC às novas fronteiras agrícolas, na região Sudeste e Norte do País. O Órgão tomou uma conotação nacional, passando a ser o responsável pelo desenvolvimento da cacauicultura nos estados da Bahia, Espírito Santo, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.

Na década de 80, passou a exercitar um programa robusto de diversificação agrícola com outros cultivos perenes, com destaque para a dendeicultura, heveicultura, fruticultura, bovinocultura e especiarias. Foi uma das vanguardistas na utilização do óleo de dendê como combustível – o Dendiesel, colaborando significativamente com o esforço governamental para superar a dependência dos combustíveis fosseis, diversificando a matriz energética do país com o biodiesel.

Na atualidade, a CEPLAC registra uma resposta efetiva à doença vassoura de bruxa, gerando tecnologias capazes de elevar a produção brasileira de cacau a uma posição de realce no mercado internacional, além de inovações tecnológicas para plantio do cacau fertirrigado e mecanizado, bem como agregação de valor da amêndoa ao chocolate.

Destaca-se ainda a expansão dos polos cacaueiros do Pará, Amazonas, Rondônia, Espirito Santo e Mato Grosso e atualmente com a perspectiva para fora das regiões tradicionais do cacau nos estados de Sergipe, Minas Gerais, Ceará e nas áreas semiáridas da Bahia.

A CEPLAC, a mercê das dificuldades que enfrenta hoje, é uma Instituição Pública que tem estrutura, expertise e pessoal técnico em condições de dar respostas concretas, e de servir de instituição piloto para instrumentalizar e executar programas e projetos públicos voltados para os biomas sensíveis, como são a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica, contribuindo para a redução das desigualdades regionais, equilíbrio entre Desenvolvimento e Natureza, com a geração de emprego e da renda, tão demandados pela realidade brasileira atual. O alcance socioeconômico do seu trabalho, é devidamente reconhecido através de estudos e publicações cientificas.

Essa organização promissora, moldada para execução direta de políticas públicas multisetoriais e transversais, antes órgão singular, com autonomia administrativa e gestão vinculada ao Gabinete do Ministro da Agricultura, encontra-se hoje, como Departamento ligado à Secretaria Executiva do MAPA.

É imperativo registrar a necessidade de um esforço gradual de recomposição do seu quadro de pessoal, em especial de técnicos, para transferir à sociedade brasileira todo o seu acervo tecnológico e contribuir para o desafio contemporâneo do desenvolvimento rural sustentável.

A CEPLAC NECESSITA URGENTEMENTE DE APOIO PARLAMENTAR PARA QUE SEJA REVITALIZADA,

REVITALIZAÇÃO JÁ!

 

 

 



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